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Em mais de três anos, a ecobarreira do Arroio Dilúvio já evitou que 540 toneladas de lixo chegassem


Desde a sua instalação, em março de 2016, a ecobarreira instalada na foz do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, já permitiu o recolhimento de 540 toneladas de lixo e outros materiais, evitando que chegassem ao lago Guaíba. A informação é do Instituto Safeweb, responsável pela operação da estrutura.

O presidente da entidade, Luiz Carlos Zancanella Júnior, ressalva que a estrutura, nas imediações do cruzamento das avenidas Ipiranga e Borges de Medeiros (bairro Praia de Belas) interrompe o curso dos objetos em um espaço que não abrange totalmente os 2 metros de profundidade da água no local: “O que passa por baixo não é dimensionado”.

Ele explica que o material recolhido é acondicionado em sacos, retirado periodicamente e levado por caminhões da prefeitura para áreas de transbordo. Nesses locais, um processo separa os itens recicláveis daqueles que não tem mais aproveitamento.

Zancanella ressalta, ainda, que esse trabalho é complementado por ações educativas junto a comunidades e escolas próximas do arroio. Isso inclui visitas guiadas com crianças até a ecobarreira, para que conheçam de perto o impacto ambiental do lixo descartado inadequadamente.

A ecobarreira, salientou Zancanella, teve um custo de instalação de R$ 250 mil. Mensalmente, para pagamento de dois operadores, seguranças no turno noturno, troca de material e manutenção, a empresa Safeweb (responsável pelo instituto) investe R$ 20 mil. “Há zero de dinheiro público ali”, deixa claro o dirigente.

Ainda segundo Zancanella, o contrato com a prefeitura é de cinco anos. “Já foram três. Depois, não se sabe o que vai acontecer”, deixa a questão em aberto. “Eu gostaria que a água do Dilúvio fosse limpa, mas acho que isso não vai acontecer, por isso gostaria que a ecobarreira ficasse ali até o dia que não for mais necessária”.

Trajetória

O Arroio Dilúvio nasce na Lomba do Pinheiro (Zona Leste de Porto Alegre), na represa da Lomba do Sabão, e recebe vários afluentes como os arroios dos Marianos, Moinho, São Vicente e Cascatinha, desaguando no limite entre os parques Marinha do Brasil e da Harmonia. Antigamente, o riacho dasaguava ao lado da Usina do Gasômetro, após passar sob a Ponte de Pedra, no atual Largo dos Açorianos.

Ao todo, são 80 quilômetros quadrados, dos quais 19% se localizam no município de Viamão. Já a extensão canalizada é de aproximadamente 12 quilômetros, com 17 pontes e cinco travessias para pedestres. A partir da avenida Vicente da Fontoura (bairro Santa Cecília), a declividade do leito exige uma série de degraus com altura média de um metro e em conjunto de três a cada 200 metros.

Segundo a prefeitura, o arroio recebe anualmente 50 mil metros cúbicos de terra e lixo, o que equivale a cerca de 10 mil caminhões-caçamba cheios. O Dilúvio ainda carrega, em direção ao Guaíba, o esgoto cloacal de três bairros, motivo pelo qual necessita de serviços periódicos ou mesmo permanentes de limpeza e dragagem, conforme o trecho.

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