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Ecobarreira recolheu quase 650 toneladas do arroio Dilúvio em 2019


No final de 2019, a Ecobarreira do arroio Dilúvio alcançou o quantitativo de 645,2 toneladas de materiais coletados antes de chegarem ao lago Guaíba. O número é o acumulado desde 30 de março de 2016, quando foi realizada a primeira coleta pelo DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana). Somente em 2019 foram retiradas 163,8 toneladas de material entre plásticos, isopor, folhas, galhos, madeiras e lodo.

A estrutura tem por objetivo impedir que resíduos contaminem as águas do Guaíba. O equipamento está posicionado na esquina das avenidas Borges de Medeiros e Ipiranga, no bairro Praia de Belas. Diariamente, os resíduos são içados pelas gaiolas da Ecobarreira e coletados pelas equipes do DMLU.

Para o titular da SMSUrb (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), Ramiro Rosário, a parceria firmada com o Instituto Safeweb incentiva ações de educação ambiental e tem sido essencial à conservação do Guaíba. “O trabalho realizado efetivamente evita a contaminação do arroio Dilúvio e impede que os descartes irregulares cheguem ao lago”, destaca o secretário.

O presidente do Instituto Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Junior, idealizador do projeto, destaca o trabalho executado até o momento. “Nestes três anos nos dedicamos a melhorar não só a operação da barreira ecológica, mas também ampliar as ações. Hoje, a Ecobarreira do arroio Dilúvio é mais do que um projeto que recolhe resíduos, é praticamente um movimento, que promove a educação ambiental e estimula outras iniciativas”, ressalta.

Uma dessas iniciativas é o estudo desenvolvido para analisar o que é coletado na estrutura. O Instituto Safeweb, em parceria com a Braskem, buscou caracterizar os materiais retirados para dar uma destinação adequada. Como o levantamento apontou que os resíduos podem ser reciclados, são encaminhados à UTC (Unidade de Triagem e Compostagem) Lomba do Pinheiro desde novembro de 2018. O manuseio não apresenta risco à saúde dos trabalhadores. No local, é feita a triagem para separar o que é reaproveitável. Desse modo, apenas o rejeito é destinado ao aterro sanitário.

O projeto tem apoio das secretarias municipais do Meio Ambiente e da Sustentabilidade e de Serviços Urbanos, através da Coordenação de Águas Pluviais e do DMLU, e do professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Gino Gehling.

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